Memórias (Sicília)
Um hotel em Palermo. A sanita cheia de merda quando entrámos. Muito obrigado, minha senhora, muito obrigado. Mas não, mas não, vai estar limpa quando chegarem. O hotel tinha um esplendor morto, uma grande palmeira que ascendia pelo vão de escadas. Fora um bom hotel há quarenta anos. Agora era um desenrasque para gente sem dinheiro. E já não havia merda, mas houve gemidos de um lado e televisão do outro. E gente a entrar, a sair. E barulho na rua. E uns lençóis com cheiro. Passámos a noite cá fora, na varanda, onde se estava bem.
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