King Kong
Deu-me vontade de ver o King Kong quando fui aturdido por um gigantesco painel na Gran Vía, em Madrid, onde o macacão surgia de sobrolho ensanguentado e expressão feroz, encaixando na mão a pequena Naomi Watts. Era um anúncio brutal, que ocupava sete andares de um prédio, e que, sem dúvida, me vendeu o bicho. Fiquei à espera de novos embates visuais, de ser sacudido pela revisão de Peter Jackson. Mas achei fiasco. Demasiado tempo de filme e um exercício frívolo de bicharada (tanta lesma e lacrau gigantes, bolas). Gostei da cena em que os brontossáurios se acotovelam a fugir dos predadores e arrasam com o desfiladeiro. Gostei de algumas poses do macaco e do aspecto da ilha. Mas, de resto, foi um bocejo. E ainda houve aquele momento ridículo, em que é citado, completamente a despropósito, o Heart of Darkness. Não há qualquer vestígio de Conrad no filme de Jackson. Há apenas dinheiro e criatividade de agência.
2 Comments:
e, como se não bastasse, a tipa ainda tem a lata de chegar atrasada
Si, moito bem, pero en fin de ano que?
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