<body><!-- --><div id="b-navbar"><a href="http://www.blogger.com/" id="b-logo" title="Go to Blogger.com"><img src="http://www.blogger.com/img/navbar/1/logobar.gif" alt="Blogger" width="80" height="24" /></a><form id="b-search" action="http://www.google.com/search"><div id="b-more"><a href="http://www.blogger.com/" id="b-getorpost"><img src="http://www.blogger.com/img/navbar/1/btn_getblog.gif" alt="Get your own blog" width="112" height="15" /></a><a href="http://www.blogger.com/redirect/next_blog.pyra?navBar=true" id="b-next"><img src="http://www.blogger.com/img/navbar/1/btn_nextblog.gif" alt="Next blog" width="72" height="15" /></a></div><div id="b-this"><input type="text" id="b-query" name="q" /><input type="hidden" name="ie" value="UTF-8" /><input type="hidden" name="sitesearch" value="hamrashnews.blogspot.com" /><input type="image" src="http://www.blogger.com/img/navbar/1/btn_search.gif" alt="Search" value="Search" id="b-searchbtn" title="Search this blog with Google" /><a href="javascript:BlogThis();" id="b-blogthis">BlogThis!</a></div></form></div><script type="text/javascript"><!-- function BlogThis() {Q='';x=document;y=window;if(x.selection) {Q=x.selection.createRange().text;} else if (y.getSelection) { Q=y.getSelection();} else if (x.getSelection) { Q=x.getSelection();}popw = y.open('http://www.blogger.com/blog_this.pyra?t=' + escape(Q) + '&u=' + escape(location.href) + '&n=' + escape(document.title),'bloggerForm','scrollbars=no,width=475,height=300,top=175,left=75,status=yes,resizable=yes');void(0);} --></script><div id="space-for-ie"></div>

terça-feira, abril 26, 2005

Negro

As revistas cor-de-rosa andam negras. Chamavam-se "cor-de-rosa" porque eram patetas, mas também porque floriam as histórias que publicavam. Um encornanço era sempre doce, porque a amante era bonita e posava nua. Um divórcio era diáfano, porque a seguir iam todos para Malibu. E mesmo o velório era sarapintado, porque o defunto frequentava as festas da Babá e da Sémi. Lembro-me que até as cenas de porrada eram lustrosas e os contendentes eram manequins ou cantautores.

Agora tudo mudou.
Vai-se ao quiosque e vê-se mulheres com quarenta, outrora belas e cor-de-rosa, a carpirem mágoas e desolações. Vêem-se olheiras, pés-de-galinha, semblantes carregados e torcidos. Há histórias de dívidas, filhos perdidos, dependências várias. Aquilo que era festa tornou-se mórbido. E elas são credíveis.