Festival
Dos concertos que vi em Paredes de Coura 05, vou guardar na memória estes três:
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Arcade Fire. Um espectáculo de luxo ao final da tarde. Eram oito horas e o recinto estava cheio, a provar que o fenómeno alastra com velocidade. E alastra com justiça, porque estes canadianos não são uma banda, são uma orquestra, um fino escol de músicos que constrói ambientes de claridade e nostalgia. Sofisticados como os Pulp, desvairados como os Talking Heads, e por vezes fúnebres como os Tindersticks, são do mais importante que há na pop actual. São daqueles que marcam e estabelecem. E contactar com isso, pela primeira vez, é um privilégio e um deslumbre.
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Kaiser Chiefs. Não passarão de um hype que talvez esmoreça com o final do verão, mas são construtores rigorosos de canções. Não falha nada: os refrões catchy, as melodias airosas, os ritmos galopantes e eficazes. Tudo num caldinho da época e é contar as platinas e as manchetes. O grande interesse é estarem em flor, na fase em que sucedem coisas que vão para a história: em Paredes de Coura, o vocalista torceu o pé e mancou o resto do espectáculo. Uma coisa aborrecida para um grupo mais velho, uma lembrança histérica para cinco gaiatos.
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Pixies. Escolhi uma fotografia simpática de Frank Black, mas os Pixies são insuportáveis: incapazes de um tema icónuo, incapazes de um rock menos poderoso e carismático. Alinharam túnel de canções perfeitamente encadeadas e sem pausas. Eram clássicos atrás de clássicos. Ninguém se recompunha de nenhum deles. Isto é gente que já não está entre nós: flutua no limbo das bandas que fizeram canções que nos salvaram.
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Arcade Fire. Um espectáculo de luxo ao final da tarde. Eram oito horas e o recinto estava cheio, a provar que o fenómeno alastra com velocidade. E alastra com justiça, porque estes canadianos não são uma banda, são uma orquestra, um fino escol de músicos que constrói ambientes de claridade e nostalgia. Sofisticados como os Pulp, desvairados como os Talking Heads, e por vezes fúnebres como os Tindersticks, são do mais importante que há na pop actual. São daqueles que marcam e estabelecem. E contactar com isso, pela primeira vez, é um privilégio e um deslumbre.
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Kaiser Chiefs. Não passarão de um hype que talvez esmoreça com o final do verão, mas são construtores rigorosos de canções. Não falha nada: os refrões catchy, as melodias airosas, os ritmos galopantes e eficazes. Tudo num caldinho da época e é contar as platinas e as manchetes. O grande interesse é estarem em flor, na fase em que sucedem coisas que vão para a história: em Paredes de Coura, o vocalista torceu o pé e mancou o resto do espectáculo. Uma coisa aborrecida para um grupo mais velho, uma lembrança histérica para cinco gaiatos.
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Pixies. Escolhi uma fotografia simpática de Frank Black, mas os Pixies são insuportáveis: incapazes de um tema icónuo, incapazes de um rock menos poderoso e carismático. Alinharam túnel de canções perfeitamente encadeadas e sem pausas. Eram clássicos atrás de clássicos. Ninguém se recompunha de nenhum deles. Isto é gente que já não está entre nós: flutua no limbo das bandas que fizeram canções que nos salvaram.
3 Comments:
Whish i were there, my friend
boas! estive so esse dia no paredes de coura e embora nao seja o meu genero de musica, gostei bastante dos concertos... tenho pena ke uma banda como os the roots nao tenham recebido o respetio ke mereciam =/
o santinho do frank só fez clássicos. retrospectivamente lê-se o nome das músicas e o cerébro manda a mensagem "ah! esta... ah! esta...ah! esta... ah! esta...ah! esta... ah! esta...ah! esta... ah! esta..."
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