O patego e o pirata
Sou daqueles pategos que ainda vão às lojas comprar discos. (Gosto de ter o "original" quando é um disco que eu gosto, ou que me pareceu que gostava, ou que poderei vir a gostar; gosto de folhear os booklets, apreciar o design, apalpar as imagens; gosto da informação à volta de um disco). Sou daqueles pategos que ainda gastam 50 ou 60 euros mensais para adquirir três ou quatro discos (e é preciso que estejam a "preço verde"). Sou um desses pategos e não tenho orgulho: devia frequentar a mula ou o soulseek e descarregar de graça como qualquer cidadão inteligente. Acho mesmo um statement (e é só por ser patego que não assino) descarregar de graça e ser corsário. Com os preços pornográficos que nos impingem, a pirataria é um acto de liberdade e de justiça. Custassem dez euros (já nem vou mais longe) e não havia de me passar ao lado tanta coisa. Custassem dez euros e poderia ambicionar uma verdadeira colecção, com as épocas e estilos devidamente arquivadas. Assim, não passo de um patego cheio de boas intenções.
Porém, porém, vou cumprir em breve um sonho antigo: regressar aos vinis. E vou começar por aqui.
Porém, porém, vou cumprir em breve um sonho antigo: regressar aos vinis. E vou começar por aqui.
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