E agora chega de futebol
Foi o nosso carrasco por duas vezes, e devemos justamente odiá-lo, mas só um tapado é que não vê que foi o melhor jogador da bola desde Maradona. Leio agora nos jornais sobre a “vergonha” e a “indignidade” do seu acto no jogo da final – e não concordo nada. Em primeiro lugar, porque cada um tem os seus limites, e um jogador com a sua responsabilidade e experiência (e na circunstância em que estava) não dá uma cabeçada porque lhe apetece – dá uma cabeçada porque chega ao limite e lhe salta à tampa. Depois, Zidane tem o mérito de dar realmente uma cabeçada, e não um mero encosto de ameaça (não estava ali a brincar, foi mesmo à tromba ao Materazzi). Finalmente, confesso, eu simpatizo com estes personagens, que ao invés de cumprirem o programa e aceitarem seráficos o seu desfecho de glória, estragam tudo porque são demasiado humanos.
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