<body><!-- --><div id="b-navbar"><a href="http://www.blogger.com/" id="b-logo" title="Go to Blogger.com"><img src="http://www.blogger.com/img/navbar/1/logobar.gif" alt="Blogger" width="80" height="24" /></a><form id="b-search" action="http://www.google.com/search"><div id="b-more"><a href="http://www.blogger.com/" id="b-getorpost"><img src="http://www.blogger.com/img/navbar/1/btn_getblog.gif" alt="Get your own blog" width="112" height="15" /></a><a href="http://www.blogger.com/redirect/next_blog.pyra?navBar=true" id="b-next"><img src="http://www.blogger.com/img/navbar/1/btn_nextblog.gif" alt="Next blog" width="72" height="15" /></a></div><div id="b-this"><input type="text" id="b-query" name="q" /><input type="hidden" name="ie" value="UTF-8" /><input type="hidden" name="sitesearch" value="hamrashnews.blogspot.com" /><input type="image" src="http://www.blogger.com/img/navbar/1/btn_search.gif" alt="Search" value="Search" id="b-searchbtn" title="Search this blog with Google" /><a href="javascript:BlogThis();" id="b-blogthis">BlogThis!</a></div></form></div><script type="text/javascript"><!-- function BlogThis() {Q='';x=document;y=window;if(x.selection) {Q=x.selection.createRange().text;} else if (y.getSelection) { Q=y.getSelection();} else if (x.getSelection) { Q=x.getSelection();}popw = y.open('http://www.blogger.com/blog_this.pyra?t=' + escape(Q) + '&u=' + escape(location.href) + '&n=' + escape(document.title),'bloggerForm','scrollbars=no,width=475,height=300,top=175,left=75,status=yes,resizable=yes');void(0);} --></script><div id="space-for-ie"></div>

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Notas avulsas sobre 22

Soares: Era o meu candidato e lamento este descer do pano sobre a sua vida política (se é que é mesmo o final da peça). Escolhi votar nele por três razões fundamentais: a primeira é que olho para o século XX e me surgem duas figuras que se sobrepõem a todas as outras na vida política portuguesa. Uma por más razões (Salazar), e outra, apesar de tudo, pelas boas razões (Mário Soares). O segundo motivo é que entendo que um Presidente da República (pelo modo como está definido na Constituição) deverá ser, acima de tudo, um regulador das instituções e um representante do país. E eu imaginava um mandato sereno de Soares, figura respeitada e prestigiada. Imaginava-o quase a dormitar na sua poltrona, ao longo de cinco anos, sem interferir com o governo e deixando uma imagem simpática do país. A terceira razão é prosaica: não havia mais nenhum candidato que me entusiasmasse.

Cavaco: Acho-o um personagem seco e desinteressante, o tecnocrata que gerou o novo riquismo português em época de vacas gordas e não contribuiu para a necessária "reforma de mentalidades". Mas não me causa pavor o Cavaco (ao contrário de alguns "cavaquistas"), e até lhe reconheço boas características: a capacidade de trabalho e o rigor. Durmo descansado, na esperança de que as veleidades de alguns dos seus apoiantes não se confirmem e de que ele próprio refreie os seus ímpetos intervencionistas. É agora o meu Presidente e merece-me respeito.

Alegre: Ainda pensei, inicialmente, votar Manuel Alegre. Mas depois das entrevistas, dos debates e da maior parte das intervenções a que asssti, o poeta apareceu-me como balofo. A cruzar retóricas provincianas da tourada e do bom vinho com a evocação do Portugal glorioso dos Lusíadas. Sem conhecimento das matérias, sem uma noção do cargo. Apresentando-se como enfant terrible do sistema, quando toda a vida fez parte desse sistema e só não continuou porque foi rejeitado. A famosa "cidadania", muito francamente, soa-me a bullshit, mas um milhão de votos é algo para reflectir. E talvez Alegre seja o homem errado para as questões certas.

Sócrates: A imagem do Primeiro Ministro apoiado numa muleta é bem o símbolo do actual momento no Largo do Rato. Toda a gestão das presidenciais foi desastrosa para o PS, e bem pode o seu líder suspirar de alívio pela ausência de eleições nos próximos três anos. A cena triste de barrar a visibilidade a Manuel Alegre, interpondo a sua declaração no momento em que o poeta falava, foi absolutamente deplorável.

TVI: Consegue sempre levar o prémio da boçalidade e do mau gosto. Eu vejo dois minutos de Manuela Moura Guedes e fico mal disposto. É a televisão da acrimónia, do boato, do enxovalho em público dos convidados, da opinião imbecil de gente que não consegue ficar calada. E das sondagens mais bizarras de que há memória.

E pronto: a vidinha segue dentro de momentos.