Vai-se andando
Quando duas pessoas se cruzam e têm este diálogo:
- Olá, tudo bem contigo?
- Tudo bem. E contigo?
- Também.
não dizem absolutamente nada uma à outra. É um não-encontro, uma não-presença para cada uma delas. Se no entanto tivermos que, à pergunta "Tudo bem contigo?" haja a resposta “Vai-se andando”, há um pequeno contacto entre as duas. Porque mesmo sendo um bordão, para conversas apressadas e de circunstância, "Vai-se andando" é uma expressão honesta e bonita, que apesar de automática carrega toda a fragilidade e incerteza da condição humana.
Sempre gostei que me dissessem: "Vai-se andando".
- Olá, tudo bem contigo?
- Tudo bem. E contigo?
- Também.
não dizem absolutamente nada uma à outra. É um não-encontro, uma não-presença para cada uma delas. Se no entanto tivermos que, à pergunta "Tudo bem contigo?" haja a resposta “Vai-se andando”, há um pequeno contacto entre as duas. Porque mesmo sendo um bordão, para conversas apressadas e de circunstância, "Vai-se andando" é uma expressão honesta e bonita, que apesar de automática carrega toda a fragilidade e incerteza da condição humana.
Sempre gostei que me dissessem: "Vai-se andando".
5 Comments:
O "continuação", dito em jeito de despedida, é igualmente delicioso.
filinto
Discordo - essa expressão carrega sim o natural negativismo português.
Eu prefiro não a ouvir -falta uma atitude mais positiva que fuja a essa fragilidade da condição portuguesa.
a expressão é portuguesa. mas eu não estava a pensar em Portugal.
Já ouviram aquela do Godinho: "cá se vai andando com a cabeça entre as orelhas"? Que negativismo há nisto? é uma pura constatação de facto, muito engraçada, por sinal...
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