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quarta-feira, março 21, 2007

Os sem-parte



Muito recomendável o documentário Lisboetas, de Sérgio Tréfaut,
que só agora vi. Os novos rostos de Portugal enredados na malha burocrática e sujeitos a empregadores sem escrúpulos que os engatam no Campo Grande e outras esquinas. Nada que não soubéssemos, ou pudéssemos saber. Mas aqui finalmente próximos, seguidos pelo olhar da câmara que nos obriga realmente a vê-los e escutá-los. Sim, estão entre nós e têm sonhos. Ou tinham. Como diz um deles: "rapidamente se percebe que não é um país rico". E entretanto ficam. Ou fogem. O Portugal do betão vai fazendo vítimas. Uns vão para a rua, outros vão para Espanha. Outros adaptam-se. Como podem. E queixam-se do ensino. “É muito mais fraco que na Rússia. Se o teu filho souber a língua não lhe custa nada.” E já perceberam tudo, e a câmera de Tréfaut testemunha-o. Sem concessões nem placebos. Há uma redenção no fim. Mas uma redenção humana, não portuguesa. Porque estes lisboetas, do Brasil à Rússia, do Paquistão a Angola, já perceberam tudo. Alguém lhes disse, e prometeu, e eles vieram. “Nenhum bom trabalho compensa estar longe da terra”. Mas fosse um bom trabalho. Vieram para Portugal, e na maior parte dos olhos lê-se: “em que buraco me meteram”.

A imagem reproduz um cartaz publicitário da Benetton, da autoria de Oliviero Toscani. Travessia do Adriático, em 1992, de um cargueiro pejado de albaneses e outros imigrantes de países de leste. O destino é Itália. Para muitos deles, outro buraco.

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