Pequenas ofensas (fim)
Direito de publicar aquilo: sempre; e desconfiar de zelos que explodem com budas e odeiam cristãos e judeu e ateus (e agnósticos). Era o que faltava estarmos agora condicionados pela lei islâmica.
Mas quanto aos panegíricos inflamados sobre a liberdade de expressão, também há uma coisa: eu não acredito na "liberdade absoluta" (absolutos, só os estados absolutos). Acredito na responsabilidade e no bom senso, palavras menosprezadas por estes dias. E ainda que publicar uns cartoons (quaisquer cartoons) não infrinja os limites dessa liberdade, há leis e há também regras não escritas, de civilidade e decência, que deverão ser tão acauteladas como a liberdade de expressão. Para que continuemos a distinguir o ódio e a xenofobia que partem do lado de cá.
Eu compreendo a posição das autoridades. Não compreendo o branqueamento do nosso MNE à violência nas embaixadas e às ameaças dos fundamentalistas. Estas são bastante mais graves que os cartoons e devem ser condenadas com veemência - e antes de mais nada. Mas estou de acordo com o refrear dos ânimos e não acho piada nenhuma à republicação ostensiva dos bonecos. Podemos enveredar por esse caminho, naturalmente, dedicar o nosso tempo a achincalhá-los, a aquecê-los, e esperar que eles também se divirtam a chafurdar com o holocausto e a cristandade (e a distribuir recompensas pelo assassinato dos brincalhões). Mas há também liberdade para criticar isso e denunciar a estupidez.
São tempos difíceis. Há que escolher entre ser pirómano ou responsável.
Mas quanto aos panegíricos inflamados sobre a liberdade de expressão, também há uma coisa: eu não acredito na "liberdade absoluta" (absolutos, só os estados absolutos). Acredito na responsabilidade e no bom senso, palavras menosprezadas por estes dias. E ainda que publicar uns cartoons (quaisquer cartoons) não infrinja os limites dessa liberdade, há leis e há também regras não escritas, de civilidade e decência, que deverão ser tão acauteladas como a liberdade de expressão. Para que continuemos a distinguir o ódio e a xenofobia que partem do lado de cá.
Eu compreendo a posição das autoridades. Não compreendo o branqueamento do nosso MNE à violência nas embaixadas e às ameaças dos fundamentalistas. Estas são bastante mais graves que os cartoons e devem ser condenadas com veemência - e antes de mais nada. Mas estou de acordo com o refrear dos ânimos e não acho piada nenhuma à republicação ostensiva dos bonecos. Podemos enveredar por esse caminho, naturalmente, dedicar o nosso tempo a achincalhá-los, a aquecê-los, e esperar que eles também se divirtam a chafurdar com o holocausto e a cristandade (e a distribuir recompensas pelo assassinato dos brincalhões). Mas há também liberdade para criticar isso e denunciar a estupidez.
São tempos difíceis. Há que escolher entre ser pirómano ou responsável.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home