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quinta-feira, março 31, 2005

Absurdistas



Revi ontem o filme dos Sex Pistols, The Filth and The Fury, realizado em 2000 por Julien Temple, graças ao JN e ao preço módico do DVD. Já não há muita paciência para os Sex Pistols, mas chamou-me a atenção o facto de Johnny Rotten ter comparado a banda às peças de Harold Pinter: "têm tudo para não funcionar, mas funcionam". E é verdade. Muito mais do que uma banda de protesto ou anti-sistema, ou um pacote de marketing bem conseguido, os Sex Pistols sagraram-se como uma bela narrativa do absurdo.

terça-feira, março 29, 2005

Cagada

Que pensariam os indivíduos que escrevem coisas como "o Sartre e o Derrida são uma merda" se lhes ripostassem que "o Oakeshott e o Burke são uma cagada".

segunda-feira, março 28, 2005

Perder o peito

Se o ciclo negativo do FCP continuasse durante alguns anos, quem sabe não aprenderíamos a falar de outras coisas. E a cidade deixasse de estar amarfanhada pelo emblema.

sábado, março 26, 2005

Alienígena

O politicamente correcto manifesta-se nos locais mais estranhos. Ontem, por exemplo, senti o seu esplendor numa loja de brinquedos. Prenda de Páscoa para a minha irmã de oito anos. O dilema: comprar uma boneca loira, morena, indiana ou aborígena? Mantê-la na proximidade das suas feições ou abri-la à diversidade racial? Optei por uma ruiva, que é sempre um bocado alienígena.

quinta-feira, março 24, 2005

Pequenez

O implacável livro de José Gil, Portugal, hoje: O Medo de Existir, profusamente lido e comentado no tal "espaço público" que o autor contesta, suscitou-me empatias e resistências. Inclino-me a dar razão a Esther Mucznik, que no seu artigo do Público levanta a hipótese das novas gerações pouco ou nada se reverem no quadro negro (ou demasiado branco) que o livro apresenta. Muito daquele diagnóstico me aparece, de facto, algo forçado para as pessoas que nasceram (vá lá) a partir dos anos 70 - ou então trata-se de uma coisa latente, ainda por manifestar-se. Em todo o caso, ponho sérias dúvidas quanto ao optimismo de Mucznik quando afirma que

"(...) longe dos holofotes mediáticos está hoje uma jovem geração extraordinariamente bem preparada do ponto de vista profissional, de horizontes vastos, liberta de medos e de angústias existenciais e que quer contribuir para o seu país. (...)"

O que mais me incomoda na análise de José Gil é a extracção de certas "características dos portugueses" que duvido não sejam apenas "características humanas" ou dos "humanos ocidentais". Como o falar apenas para se ouvir, a necessidade de tergiversar após um acontecimento traumático (como um funeral) ou a "não-inscrição" da maior parte dos factos da actualidade. Nalguns casos, as conclusões parecem-me francamente abusivas.

Mas há também outros em que o filósofo atinge o pleno. O respeitinho pelas instituições e pelos títulos académicos (o "País dos doutores"), a manutenção de redes de controlo ou influência (que seguem um esquema semelhante ao da "velha senhora" e muitas vezes são promovidas por actores recauchutados: o "País das famílias") ou a questão da "pequenez", em que o autor é particularmente lúcido. Os pequenos objectos, a pequena escala, as pequenas ideias. Recorto este pedaço, que me parece ser uma boa síntese do "português".

"(...) Separar-se um dia, dois, uma semana ou mesmo umas horas pode suscitar uma dor imensa, uma imensa saudade. Aquela tia que ficava a dizer adeus, adeus, adeus, abanando sem fim o lenço à janela para a sobrinha que ia todas as manhãs para o trabalho ali ao lado, pelo passeio, até ao virar da esquina... Pequenos mundos (...)"

terça-feira, março 22, 2005

Incerto

Uma coisa é certa sobre este blog: terá actualização incerta.
Não querer dizer, não saber o que queremos dizer, não poder acreditar no que queremos dizer, e no entanto dizer, ou quase, eis o que importa não perder de vista, no calor da escrita.

Samuel Beckett, Molloy