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sábado, maio 26, 2007

Watching the Wheels

Num casamento a que fui parar um pouco em off-side, reparei numa das empregadas que servia os aperitivos. Passava com a bandeja a todo o gás, obrigando os convidados a movimentos de rapina e resultado incerto. Apanhar um canapé ou um rissol era um trabalho. Alguns caíam, ou partiam-se, a maior parte seguia intacta, fora do alcance de toda a gente. Muitas pessoas ficavam num gesto a meio, penduradas e embaraçadas perante a velocidade dos acepipes. A mulher, impassível, parecia apenas apostada em cumprir o seu trajecto o mais depressa possível, ignorando as tentativas dos convidados e emproando a testa como quem diz “já foste”. Imagino que houvesse um determinado número de tabuleiros que lhe cabia, e que, uma vez circulados pelas salas e devolvidos à cozinha, estaria liberta da sua função e podia ir-se. Fiquei a observá-la algum tempo (sem arriscar um milímetro). Até que me chamaram para a fotografia. E procurei interessar-me por outra coisa.

Off-side

"Isto são coisas que ele me disse em off-side."

quinta-feira, maio 24, 2007

A escala Warhol


A propósito deste repto lançado pelo Pedro Mexia, lembrei-me de um certo encontro com Nick Cave, sem dúvida o episódio mais "marcante" da minha escala Warhol.

Estávamos em 1992, na noite do concerto de Nick Cave & The Bad Seeds no Coliseu do Porto (bastante mais fraquinho que o de 1988, que foi mítico, com a primeira parte dos Mão Morta, e Nick Cave, no encore, a convidar o público a subir ao palco. Lembro-me de ficar ao lado de Blixa Bargeld e assistir ao seu dedilhar frenético e imperturbável).

Depois do concerto havia festa no Meia Cave, com um convidado especialíssimo: o próprio Cave, que fez as honras de DJ durante boa parte da noite. Dançou-se umas horas e, no final, quando saíram todos, em plena Praça do Cubo, resolvi dirigir-me ao homem para lhe sacar um autógrafo. Estava um pouco com os copos e lembro-me de lhe chamar "Nick the Stripper", em alusão a um tema dos Birthday Party. Cave sorriu e parecia o princípio de uma bela amizade. Mas quando lhe espeto a caneta e um papel à frente, deu-lhe uma coisa má e resolveu atirar com aquilo tudo para longe. Fiquei chateado, com certeza que fiquei chateado. E depois de apanhar a caneta, ao passar por ele lancei-lhe uns impropérios. Fixou-me com aquela cara da foto acima - e o personagem é realmente assustador, apesar de magrinho - e deu-me um tabefe. Instintivamente, dei-lhe um pontapé. E ambos nos abispamos.

Confusão. Separa aqui, insulta ali, e de repente estou a falar com Mick Harvey, um dos Bad Seeds, que me pede desculpa pelo comportamento do outro, explicando que a partir de certa hora o homem perdia as estribeiras. Entretanto havia uns tipos da Ribeira, atraídos pelo tumulto, que já falavam em "atirar o camone ao rio". Mas fui magnânimo e deixei-o ir.

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sábado, maio 19, 2007

Arruaceiros & Amantes

Hoje em dia há que ter cuidado que vai tudo parar ao YouTube.

quinta-feira, maio 17, 2007

O eclipse



Não será um grande filme como L’Avventura, mas é com L’Eclisse (1962) que Antonioni vai mais longe no tema da alienação, a que consagrou quatro filmes (além dos citados, contem La Notte e Il Deserto Rosso). Filme gelado com pessoas geladas, O Eclipse segue as personagens de Monica Vitti e Alain Delon, uma mulher atarantada e um jovem ambicioso sem escrúpulos. Filma-se uma espécie de romance entre os dois, e o grande defeito do trabalho, quanto a mim, é a falta de subtileza com que se demarca um território árido, donde evidentemente não poderá sair o amor (tudo ali são sinais dessa impossibilidade). Quanto à sua grande qualidade, falemos do esquecimento.

É como se Antonioni, em certos momentos, se desinteressasse do filme e dos actores, deixando-os a vaguear. Vemos a mulher num aeródromo, aparvalhada, a observar aviões, e é como se a equipa de filmagem tivesse ido almoçar. Entra e sai do plano, e é indiferente que lá esteja ou deixe de ser vista. O mesmo com o homem, no seu bulício de corrector, a atropelar a multidão de viciados na bolsa, a falar ao telefone, a espiolhar as conversas, a passar informação ou a recebê-la. A câmara segue-o sem interesse e por vezes perde-o, depois encontra-o e volta a perdê-lo. Nenhum deles se lembra do filme, na sua azáfama ou no seu torpor. Nenhum deles se lembra do outro. E mesmo quando estão juntos, Antonioni prefere seguir um transeunte ao calhas do que ficar com eles.

A culminar o oblívio estão os últimos seis minutos do filme, a que Scorsese chamou um dos finais mais aterradores da história do cinema. O "tempo parado", quando nenhum dos dois comparece ao encontro que marcaram no lugar de sempre. "A vida, aqui, não continua", diz Scorsese, "fica suspensa". Ou poderá pensar-se que será mais digno continuar o filme, já sem o homem e a mulher, e observar detidamente um carreiro de formigas ou um charco de água. Eles esqueceram-se do filme. Nós esquecemo-nos deles. É o eclipse.

[No clip estão os últimos seis minutos do filme, com música de Prokofiev. Poderá dizer-se que é o essencial de O Eclipse.]

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terça-feira, maio 15, 2007

Um incómodo

Ao fim da tarde, enquanto lia, senti um burburinho estranho na mesa ao lado, ocupada por dois casais de idosos. Aparentemente, uma das senhoras estava a ter um enfarte. Perguntaram-me se era médico e eu respondi que não, mas que tinha um telemóvel. Pouco depois desencantaram um médico e chamaram o INEM. Neste processo todo, e como não havia nada que pudesse fazer, esforcei-me por continuar a ler. Estava numa parte interessante e não me queria desconcentrar. Lá chegou o INEM, e três coletes amarelos rodearam a senhora, que parecia estar melhor. Acabei por me ir embora para não estorvar.
Mas considerei tudo aquilo um incómodo. E observo que a literatura, definitivamente, não nos faz melhores.

segunda-feira, maio 14, 2007

Disneylândia

Na rua onde foi travada a primeira tentativa de implantação da república em Portugal, a 31 de Janeiro de 1891, decorreu ontem o Optimus Ski Open, com a artéria a encher-se de "neve" para acolher provas de esqui e de snowboard. Em Julho será a vez da Avenida da Boavista se transformar novamente em pista de corridas, com dois fins-de-semana preenchidos com provas de calhambeques. Em Setembro será nos céus da cidade que deveremos pôr os olhos, com o desfile de piruetas da Red Bull Air Race, uma "Fórmula 1 dos Ares". Entretanto, não esquecer a corrida de bartenders, o "Festival da Francesinha" e, mais para o fim do ano, a concentração de pais natais. Para quê levar as crianças a Paris ou a Orlando com o Porto aqui tão perto?

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quarta-feira, maio 09, 2007

Peixe graúdo



“As ideias são como peixes. Podemos encontrá-los à superfície das águas, mas lá em baixo, nas profundezas, é que eles são maiores. E sabem qual é o principal isco para os apanhar? O desejo. Temos que desejar as ideias. É o desejo que traz cá para cima esses peixes graúdos.”

Vale a pena ler o resto da conversa.

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terça-feira, maio 08, 2007

Diz-me onde andas



You are a social liberal. Like all liberals, you believe in individual freedom as a central objective - but you believe that lack of economic opportunity, education, healthcare etc. can be just as damaging to liberty as can an oppressive state. As a result, social liberals are generally the most outspoken defenders of human rights and civil liberties, and combine this with support for a mixed economy, with an enabling state providing public services to ensure that people's social rights as well as their civil liberties are upheld.

You are a social democrat. Like other socialists, you believe in a more economically equal society - but you have jettisoned any belief in the idea of the planned economy. You believe in a mixed economy, where the state provides certain key services and where the productivity of the market is harnessed for the good of society as a whole. Many social democrats are hard to distinguish from social liberals, and they share a tolerant social outlook.

Apesar de uma certa rigidez, com perguntas que não deixam grande margem de manobra ("gostas mais do papá ou da mamã?"), e de testes como este valerem o que valem, não tenho grande dificuldade em encaixar-me nestas definições. Liberal clássico e social-democrata. Obviamente, estou mal representado neste país.

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domingo, maio 06, 2007

Mundos perdidos

Sentar-me ao balcão, tomar café e fumar dois cigarros enquanto leio o jornal. Eis um pequeno hábito que experimento já como transgressão e que me enche de saudade.

terça-feira, maio 01, 2007



- Está um tempo porreiro. Saímos?

Liberdade

Pior que ser trocado por outro é ser trocado pela Liberdade.