<body><!-- --><div id="b-navbar"><a href="http://www.blogger.com/" id="b-logo" title="Go to Blogger.com"><img src="http://www.blogger.com/img/navbar/1/logobar.gif" alt="Blogger" width="80" height="24" /></a><form id="b-search" action="http://www.google.com/search"><div id="b-more"><a href="http://www.blogger.com/" id="b-getorpost"><img src="http://www.blogger.com/img/navbar/1/btn_getblog.gif" alt="Get your own blog" width="112" height="15" /></a><a href="http://www.blogger.com/redirect/next_blog.pyra?navBar=true" id="b-next"><img src="http://www.blogger.com/img/navbar/1/btn_nextblog.gif" alt="Next blog" width="72" height="15" /></a></div><div id="b-this"><input type="text" id="b-query" name="q" /><input type="hidden" name="ie" value="UTF-8" /><input type="hidden" name="sitesearch" value="hamrashnews.blogspot.com" /><input type="image" src="http://www.blogger.com/img/navbar/1/btn_search.gif" alt="Search" value="Search" id="b-searchbtn" title="Search this blog with Google" /><a href="javascript:BlogThis();" id="b-blogthis">BlogThis!</a></div></form></div><script type="text/javascript"><!-- function BlogThis() {Q='';x=document;y=window;if(x.selection) {Q=x.selection.createRange().text;} else if (y.getSelection) { Q=y.getSelection();} else if (x.getSelection) { Q=x.getSelection();}popw = y.open('http://www.blogger.com/blog_this.pyra?t=' + escape(Q) + '&u=' + escape(location.href) + '&n=' + escape(document.title),'bloggerForm','scrollbars=no,width=475,height=300,top=175,left=75,status=yes,resizable=yes');void(0);} --></script><div id="space-for-ie"></div>

quinta-feira, julho 28, 2005

Deslarga-me

Quando no final da sessão o computador pergunta se queremos mesmo desligar, se não há nenhuma razão que nos prenda aqui, apetece exclamar não, não há nada que impeça esta decisão!

segunda-feira, julho 25, 2005

O Editor


Natureza morta de Paul Cezzane, aperfeiçoada por João Domingos


Aperfeiçoava os quadros. Analisava-os de perto, reparava que todos eles poderiam estar melhor, mais bem pintados, mais completos. Todos eles. Nenhum o satisfazia inteiramente. Nem aqueles que via em museus, emoldurados a ouro ou a carvalho. Irritavam-no as imperfeições, os estilos, o próprio material usado. Se pudesse comprá-los, alterava-os a todos. Assim, frequentava casas de decoração ou comprava telas a pintores de rua. Chateava-se com aquilo. Chegava a dar conselhos ou a protestar sobre tal pormenor. Eu faria assim, eu faria assado. Os autores olhavam-no algo perplexos, mas contentavam-se em vender o trabalho.

Ele comprava quadros semanalmente. Colocava-os na cave, pendurava-os em fila de espera. Ia aperfeiçoando algum enquanto já mirava outro, detectando qualquer traço espúrio ou falha grosseira. Por vezes não gostava de absolutamente nada. Borrava toda a superfície a uma só cor, e reconstruía, ou não reconstruía, conforme lhe desse. A alguns julgava-os quase perfeitos. Uma linha um pouco mais grossa, um vermelho a menos, a composição alterada... Não lhe davam muito trabalho. Rapidamente diluía uma cor, afastava um motivo, comprimia um detalhe. Nas paisagens retirava algumas árvores ou acrescentava arbustos. Parecia-lhe que eles nunca acertavam nas paisagens. Odiava plátanos, por exemplo. Via um plátano e riscava-o. E cães. Tinha pavor aos cães. Mesmo detestando o cubismo, desintegrava qualquer cão que visse. E os retratos também. Abomináveis! Para quê pintar uma cara, uma só pessoa, destacar rugas ou sobrancelhas? Se pudesse, bania aquela modalidade. E incendiava os retratos que comprava. E vilipendiava quem os fazia. Gostava, por exemplo, dos nus. Comprava pilhas de nus. E cestos de fruta. E naturezas mortas com parede. Eram géneros fáceis de corrigir. Modificava as cores, endireitava os planos, rasurava as sombras. Não gostava de sombras. Nem de luz excessiva. Eliminava personagens obesas, apagava braços torcidos. Gostava de rectidão nos corpos e de nitidez nos campos.

Quando terminava era como se tivesse salvo uma vida ou convertido um incréu. Livrara o mundo de um mal, de uma inépcia, e contemplava a sua obra, aquilatada, despoluída, com uma satisfação imensa, um orgulho ímpar, possuído da mais resfolegante certeza de que cumprira o seu dever como cidadão.

sábado, julho 23, 2005

Around the world

Não se esqueçam de levar mantimentos, guia e algum dinheiro para subornar pessoal (nunca se sabe a que ponto do mapa é que vão parar).

Demora cinco minutos a instalar esta coisa e é adição garantida.
Eu acabo de fazer uma viagem tortuosa entre Hanói e Moscovo.

quarta-feira, julho 20, 2005

Guerra da água

Um professor meu garantia que, após os conflitos sobre o território e o petróleo, o século XXI assistiria aos conflitos sobre a água. Muitos outros profetizaram o mesmo, considerando o H2O como o grande pomo da discórdia do terceiro milénio. Hoje em dia já não parecem profecias, nem futurologia catastrófica. A água começa a faltar. A sério. E cada Estado vai tratar dos seus.

Aqui fica uma lista de conflitos relacionados com a água. Começou na Suméria, há 5 mil anos. Acabará aonde?

terça-feira, julho 19, 2005

Fuck Kyoto



A principal mensagem de A Guerra dos Mundos, livro escrito em 1898 por H.G.Wells, que teve a sua peripécia mais fulgurante em 1938, com a emissão radiofónica de Orson Wells, e está agora nos cinemas pela câmera de Spielberg, parece ser esta: enquanto continuarmos a produzir lixo ninguém nos toca.

segunda-feira, julho 18, 2005

Erudição relativa

Conhecia a obra completa de Shakespeare e citava de cor longas passagens de Macbeth e Julius Caesar. Não perdia um espectáculo de Pina Bausch e dissertava com fluência sobre as "fugas" de Bach e o período Barroco. Era uma sumidade em Hobbes e estava informado sobre a política externa da Eslováquia. Tudo isto não impediu uma triste figura junto de dois apreciadores de doom metal, e sentiu-se impotente enquanto eles falavam de nomes como Cathedral e Thergothon.

Sinédoque

Não pude trazer a cidade, trouxe uma t-shirt a dizer Kraków.

domingo, julho 17, 2005

Profissão

As bicicletas de Berlim, os cheiros de Roma, as mulheres de Vilnius. Fins de tarde no Vístula. Não quero fazer mais nada.

sábado, julho 16, 2005

Cidades em obras

Há um certo charme nas obras de algumas cidades. Significam experiência, inovação, aperfeiçoamento. Nas cidades portuguesas, porém, geralmente significam apenas transtorno, caos e incompetência.

sexta-feira, julho 15, 2005

A avenida

Regresso e a avenida está transformada numa pista de corridas.

sábado, julho 02, 2005


Robert Frank, da série The Americans

Aqueles dias

Pouco antes de partir pensamos no conteúdo da mala: o número certo de peúgas, o frasco de after shave. Incomoda-nos toda a azáfama. Retirar coisas, pôr coisas. Sair daqui, da morrinha, sabe-se lá para onde. Qualquer coisa que implique uma mala é uma violência. Vamos cansados, temerosos, a esgravatar dúvidas. Preferimos abrir os olhos quando chegamos. Largar as malas, encontrar rotinas. Um pequeno conforto, um ar conhecido. Em princípio é sempre a mesma respiração. Depois dura uns dias. Aqueles dias. Os pulmões viciam-se.

sexta-feira, julho 01, 2005

Barnabé

A confirmar-se o fim do Barnabé é também uma época que termina na blogosfera. Vai daqui um abraço aos cinco fundadores e o desejo que surjam em novos templates. Um abraço especial ao Rui. Para mim, o melhor blogger português.