<body><!-- --><div id="b-navbar"><a href="http://www.blogger.com/" id="b-logo" title="Go to Blogger.com"><img src="http://www.blogger.com/img/navbar/1/logobar.gif" alt="Blogger" width="80" height="24" /></a><form id="b-search" action="http://www.google.com/search"><div id="b-more"><a href="http://www.blogger.com/" id="b-getorpost"><img src="http://www.blogger.com/img/navbar/1/btn_getblog.gif" alt="Get your own blog" width="112" height="15" /></a><a href="http://www.blogger.com/redirect/next_blog.pyra?navBar=true" id="b-next"><img src="http://www.blogger.com/img/navbar/1/btn_nextblog.gif" alt="Next blog" width="72" height="15" /></a></div><div id="b-this"><input type="text" id="b-query" name="q" /><input type="hidden" name="ie" value="UTF-8" /><input type="hidden" name="sitesearch" value="hamrashnews.blogspot.com" /><input type="image" src="http://www.blogger.com/img/navbar/1/btn_search.gif" alt="Search" value="Search" id="b-searchbtn" title="Search this blog with Google" /><a href="javascript:BlogThis();" id="b-blogthis">BlogThis!</a></div></form></div><script type="text/javascript"><!-- function BlogThis() {Q='';x=document;y=window;if(x.selection) {Q=x.selection.createRange().text;} else if (y.getSelection) { Q=y.getSelection();} else if (x.getSelection) { Q=x.getSelection();}popw = y.open('http://www.blogger.com/blog_this.pyra?t=' + escape(Q) + '&u=' + escape(location.href) + '&n=' + escape(document.title),'bloggerForm','scrollbars=no,width=475,height=300,top=175,left=75,status=yes,resizable=yes');void(0);} --></script><div id="space-for-ie"></div>

sábado, setembro 30, 2006



Em maré de links, deixo aqui a morada de um novo banco de imagens, cujo conteúdo, na maior parte, é da autoria de amigos. Podem passear, inscrever trabalhos, fazer perguntas. Mas o que eles preferem é o vosso guito.

sexta-feira, setembro 29, 2006



Regalai-vos. O Paulo Pimenta abriu um blog de fotografia.

Islamicamente correcto

Terapias

quinta-feira, setembro 28, 2006

Frases

(...) Desvario laborioso e empobrecedor é o de compor vastos livros; o de espraiar por quinhentas páginas uma ideia cuja perfeita exposição oral cabe em poucos minutos. Melhor procedimento é simular que esses livros já existem e oferecer um resumo, um comentário. (...)

Jorge Luís Borges, no prólogo às Ficções (1944)


Meti uns 300 caracteres neste livrinho que reúne alguns dos bloggers que mais aprecio. E como já o tenho em mãos há algum tempo (graças a um infiltrado na gráfica), guardei na carteira frases como esta:

"As mulheres de sorriso amarelo devem ser cumprimentadas em mandarim." (HR)

O lançamento é hoje, às 18.30, junto à esplanada do Adamastor (entrada pelo café Noobai). Gosto muito do sítio, mas não me vai dar jeito.

quarta-feira, setembro 20, 2006

Ribeira



Tenho seguido a série de posts no Da literatura sobre o Bairro Alto, onde se tem apontado sobretudo a sujidade e a bandalheira. Eu, quando vou a Lisboa, gosto de passar no Bairro, mas também não saberia dizer se é mais imundo agora ou há 20 anos. É tão imundo como a Chueca, em Madrid, ou a Malasagna (se falamos de grafitti e de acumulação de copos e de enxúndia); é tão imundo como Kreuzberg ou outras zonas nocturnas de Berlim; e é um bocado mais imundo que Trastevere (mas a bandalheira é igual). O que está extremamente limpinho é a Ribeira do Porto. Tão limpinho que ninguém se atreve a ir lá sujá-la. Há mais de cinco anos que resplandece.

Mas eu preferia, como os lisboetas, estar a dizer que aquilo é tudo um nojo e uma pouca vergonha. Era sinal que valia a pena dizer alguma coisa. Porque sobre a Ribeira, actualmente, não há nada a dizer. “Ou és assaltado ou és multado”, dizia alguém há uns tempos. Eu acho que já nem assaltado. Não há ali ladrão que subsista. Primeiro, fecharam os bares históricos: o Meia Cave ou o Aniki Bobó. As esplanadas juntam alguns turistas nos meses de Verão (fui lá duas vezes em Julho e vi grupos de loiras no desemprego), e no resto do ano são habitadas por jagunços. Depois há os “novos horários”, uma das razões invocadas para o degredo. Aparentemente, as licenças são válidas até às duas horas, o que seria uma explicação. Mas o único sítio onde vou, muito de longe a longe, além do Boa Nova (pelas pataniscas), é o Mercedes, que fecha depois das quatro. Nunca percebi nada dos “novos horários”.

Percebo o cansaço. A pancadaria constante, os sacos de água e de lexívia, a sensação de invadir a aldeia dos gauleses. Houve sempre os de lá e os de fora, coisa inconcebível para uma zona histórica, que devia ser de todos. Isto cansou as pessoas. Que deixaram de lá ir. Agora, efectivamente, a Ribeira está um brinco. Com polícias por toda a parte e as paredes limpas. Só não há é qualquer razão para lá pôr os pés.

segunda-feira, setembro 18, 2006

Negros



(...) Querer escrever para os negros seria fruto dessa abjecção moral que consiste em curvar-se generosamente, com toda a compreensão, para os fracos, em comprazer-se na boa consciência, em julgar-se dispensado de qualquer acção eficaz. (...) É preciso desconfiarmos do nosso entusiasmo pelas causas generosas, pois ele transforma-se rapidamente em auto-complacência. Não tardaria a sentirmo-nos seguros de nós mesmos, atolando-nos na gelatina de um conforto moral muito satisfatório. Porque, no fim de contas, é bastante agradável defender os oprimidos pela palavra ou pela pena, quando se beneficia, simultaneamente, das benesses da comunidade opressora e da gratidão dos oprimidos (...)

Do prefácio de Jean Genet a Os Negros (1958), espectáculo em cena no Teatro São João até 8 de Outubro. "Uma peça não em favor dos negros, mas contra os brancos".

sexta-feira, setembro 15, 2006

Pousar o livro

Hoje, ao fim da tarde, o mar estava violentíssimo na Foz do Douro. Ondas diagonais e ribombantes a explodirem contra as rochas; nem um só surfista na água. No céu, um emaranhado de nuvens vermelhas e caóticas, uma espécie de cortina de sangue e de fumo, por onde latejava o sol, hesitante, em pequenos feixes. Ao longe, um navio de quatro mastros impresso contra um halo de luz pálida (qualquer coisa entre Turner e Christian Dahl). Fui à Praia da Luz com o propósito de ler mas pousei o livro.

segunda-feira, setembro 11, 2006

As primeiras testemunhas



Estas imagens têm apenas cinco anos. Mas parecem agora existir desde sempre, como mais um clássico da experiência humana. Como o cogumelo de Hiroxima ou o vapor dos fornos no céu de Auschwitz.

No Público, perguntava-se se daqui a "200 anos ainda vamos pensar que o 11 de Setembro mudou o mundo”. E entre as várias ideias, dos vários historiadores, aproximo-me especialmente da de Rui Ramos, quando diz: “as grandes narrativas da história têm a ver com a importância das coisas no presente. E a importância das coisas tem a ver com os países que na altura são dominantes. Não podemos situar o 11 de Setembro num mundo chinês ou indiano”.

Atenho-me às imagens. Que parecem agora existir desde sempre. O que se torna improvável, em qualquer momento da história - em qualquer momento da história em que se vejam essas imagens (porque poderão não ser vistas, ou ser deturpadas, ou vir acompanhadas de qualquer legenda) –, o que se torna improvável é subtraí-las à sua grandeza. Algo de muito grande e espectacular, algo de indelével, mesmo aos olhos furtivos de um chinês em 2206.

Sabemos, agora, que as imagens existem desde sempre. Que a nossa vida é já inseparável da sua presença. E que somos apenas as primeiras testemunhas.

domingo, setembro 10, 2006

Verdades de conveniência (2)

Songs that saved our life: quando havia ainda alguma coisa para salvar.

Verdades de conveniência

Não há verdadeiramente frases que nos salvem ou iluminem de forma definitiva. O que há são frases que nos convêm num certo momento.

sexta-feira, setembro 08, 2006

Morrer de amor

O homem é o único animal capaz de morrer de ódio.

Manuel António Pina, numa das suas brevíssimas e excelentes crónicas no JN.

segunda-feira, setembro 04, 2006



Miles: I'm so insignificant, I can't even kill myself.
Jack: What's that supposed to mean?
Miles: You know -- Hemingway, Sexton, Woolf, Plath, Delmore Schwartz. You can't kill yourself before you've even been published.
Jack: What about that guy who wrote Confederacy of Dunces?
He committed suicide before he got published, and look how famous he is.
Miles: Thanks.

(Sideways, 2004, Alexander Payne)

Muito antes

A “morte” do Independente lembra-me outras mortes, em que também não foi no momento em que se consumaram que as senti. Há mortes que são choradas muito antes do caixão.

sexta-feira, setembro 01, 2006

O Independente

Não é agora que vou ao funeral (a atirar flores, tinha-o feito há mais de dez anos), mas também eu fui leitor fiel do velho Indy, que comprava sobretudo pelos textos do VPV, do MEC e do João Bénard. O caderno principal praticamente não lia: espreitava os títulos, que eram bem esgalhados. E devorava a revista, desde o "rantanplan" à Filosofia de Ponta. Não me interessava a orientação política, nem o "programa": lia o jornal por algumas prosas e pela aragem. Depois, deixei de o comprar. E actualmente não significava nicles. Ficam as exéquias atrasadas, e um obrigado tardio ao título mais importante da minha adolescência.