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segunda-feira, agosto 28, 2006

Observadores

Há os inconvenientes, que não resistem a revelar os resultados da sua observação; e há os discretos, que observam os primeiros e ainda aproveitam as suas descobertas.

sexta-feira, agosto 25, 2006

Por quanto tempo?



Apesar do carvão em que se tornaram as matas e as pedras.
Apesar da escassez de vida, do cheiro a terra enferma,
continua a valer a pena visitar o Minho. Por quanto tempo?

terça-feira, agosto 15, 2006

Primeiro há imagens



E depois o filme afasta-se, encadeando-se na direcção do sobrenatural e de um sadismo excessivo e gratuito (electrocutar um peixe?); características comuns a muito cinema oriental, e que francamente não me convencem. Mas primeiro há imagens. Onde fica aquele lugar com pequenas casas flutuantes, onde os hóspedes recebem “visitas” e ali se mantêm, observando com indolência a cana de pesca. Que lugar é aquele, que nos faz duvidar do nosso estado de consciência?
(Seom, 2000, Kim Ki-duk)

sexta-feira, agosto 11, 2006



Well, my telephone rang it would not stop, It's President Kennedy callin' me up.
He said, "My friend, Bob, what do we need to make the country grow?"
I said, "My friend, John, Brigitte Bardot, Anita Ekberg, Sophia Loren.
Country'll grow.

Bob Dylan, I Shall Be Free ("The Freewheelin' Bob Dylan", 1963)

terça-feira, agosto 08, 2006

Parênteses

(...) Ninguém pensa senão em mulheres e homens, a totalidade do dia é um trâmite que se detém num dado momento para permitir pensar neles, o propósito da cessação do trabalho ou do estudo não é senão começar a pensar neles, mesmo quando estamos com eles pensamos neles, pelo menos eu. (...) A actividade produtiva, a que proporciona dinheiro e segurança e apreço e nos permite viver, a que faz com que uma cidade ou um país andem e estejam organizados. A que depois nos permite dedicarmo-nos a pensar neles com toda a intensidade. (...) O parênteses é isso, e não o contrário. Tudo o que se faz, tudo o que se pensa, tudo o resto que se pensa e maquina é um meio de pensar neles. Mesmo as guerras são travadas para poder voltar a pensar, para renovar esse pensamento fixo dos nossos homens e das nossas mulheres, naqueles que já foram nossos ou poderiam ser, naqueles que já conhecemos e naqueles que nunca chegaremos a conhecer, naqueles que foram jovens e naqueles que hão-de sê-lo, naqueles que já estiveram nas nossas camas e naqueles que nunca passarão por elas. (...)

(...) Talvez Cromer-Blake tenha razão, pelo menos em parte: talvez o mais pernicioso de tudo, e além do mais impossível, seja não pensar em mulheres ou, no seu caso, em homens, numa mulher, como se houvesses uma parte do nosso cérebro que apenas se possa ocupar com essa espécie de pensamentos que as outras partes recusam e provavelmente desprezam, mas sem os quais também elas não podem funcionar fertilmente, devidamente. Como se não pensar em alguém (ainda que esse alguém sejam muitos) impedisse de pensar no que quer que seja. (...)

Javier Marías, Todas as Almas (Dom Quixote)

Para um querido amigo

quinta-feira, agosto 03, 2006

Indignação *

O que se passa com o site de Câmara do Porto é um escândalo. Porque o site da Câmara do Porto, no fundo, é um blog político. Como é que se chama ao Blasfémias? blog político. Como é que se chama ao Causa Nossa? blog político. Como é que se chama ao blog do Rui Rio? Ai... Ui... O "site da Câmara do Porto". Mas que é isto? Que brincadeira é esta?

* Obrigado ao Gato Fedorento por isto .
Um pouco mais a sério, aqui.

quarta-feira, agosto 02, 2006

Vigo



Vigo sempre foi ir a Espanha sem sair do País. Em pequeno, com os meus pais, ainda com fronteiras e passaportes (naquele século em que o escudo valia mais que a peseta), associava a cidade a chocolates e guloseimas (sobretudo em Tui, que ficou fora do mapa) e a longos passeios num sítio onde as pessoas falavam um português esquisito. Era um acontecimento ir a Vigo, e à parte o controlo fronteiriço (que interrompia a viagem uma meia hora, junto ao rio Minho), não sentia verdadeiramente que passasse de um país a outro. A mesma paisagem, os mesmos rostos, um português esquisito.

Depois, na adolescência e nos primeiros vintes, Vigo era sobretudo farra. As passagens de ano a queimar bares na Calle de Viños e na Churruca, o excesso de portugueses bêbados (que se cumprimentavam eufóricos por se cruzarem no estrangeiro, após a diáspora vinte minutos antes) e aquela avalanche nas ruas, tão galega e tão espanhola. Vigo era uma espécie de Braga sem arcebispos, com mulheres atrevidas e gente ruidosa. Uma cidade do Norte onde a familiaridade se cruzava com o espírito desempoeirado dos espanhóis. Um privilégio, a hora e meia de distância. Sem nunca a ter visto como uma cidade bonita (como Santiago, Salamanca ou Gerona), é talvez a cidade espanhola por que tenho mais afecto. É a nossa cidade do outro lado da fronteira.

Agora, anos mais tarde, e graças aos meus queridos amigos viguenses, conheci as praias da cidade (onde dei o primeiro mergulho do ano), e pergunto-me como foi possível esta proeza. Encontro sempre motivos para ir a Vigo, duas ou três vezes por ano, e não me recordo de ter estado em Samil (pelo menos durante o dia e em estado sóbrio), não me recordo de ter visto Cangas nem as ilhas Cíes, todo aquele recortado de pedra no horizonte. Definitivamente, abre-se um novo capítulo na minha relação com a cidade. Graciñas.