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terça-feira, março 27, 2007

Me encanta mi pais

quinta-feira, março 22, 2007

Dois anos



Vindo de lado nenhum a caminho de parte alguma.

Obrigado pelas visitas, comentários e mails. A Tesoura segue dentro de momentos.

quarta-feira, março 21, 2007

Declaração de voto



A poucos dias da grande decisão (e como vou estar longe), anuncio a minha intenção de voto. Aparentemente, não servirá de nada, e o Grande Português será o Grande Salazar (que bem podia ter deixado a malta votar que ia dar ao mesmo). E como é Dia Mundial da Poesia, aqui vai um soneto.

Tanto de meu estado me acho incerto,
Que em vivo ardor tremendo estou de frio;
Sem causa, juntamente choro e rio,
O mundo todo abarco, e nada aperto.

É tudo quanto sinto um desconcerto:
Da alma um fogo me sai, da vista um rio;
Agora espero, agora desconfio;
Agora desvario, agora acerto.

Estando em terra, chego ao céu voando;
Num' hora acho mil anos, e é de jeito
Que em mil anos não posso achar um' hora.

Se me pergunta alguém porque assim ando,
Respondo que não sei; porém suspeito
Que só porque vos vi, minha Senhora.

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Os sem-parte



Muito recomendável o documentário Lisboetas, de Sérgio Tréfaut,
que só agora vi. Os novos rostos de Portugal enredados na malha burocrática e sujeitos a empregadores sem escrúpulos que os engatam no Campo Grande e outras esquinas. Nada que não soubéssemos, ou pudéssemos saber. Mas aqui finalmente próximos, seguidos pelo olhar da câmara que nos obriga realmente a vê-los e escutá-los. Sim, estão entre nós e têm sonhos. Ou tinham. Como diz um deles: "rapidamente se percebe que não é um país rico". E entretanto ficam. Ou fogem. O Portugal do betão vai fazendo vítimas. Uns vão para a rua, outros vão para Espanha. Outros adaptam-se. Como podem. E queixam-se do ensino. “É muito mais fraco que na Rússia. Se o teu filho souber a língua não lhe custa nada.” E já perceberam tudo, e a câmera de Tréfaut testemunha-o. Sem concessões nem placebos. Há uma redenção no fim. Mas uma redenção humana, não portuguesa. Porque estes lisboetas, do Brasil à Rússia, do Paquistão a Angola, já perceberam tudo. Alguém lhes disse, e prometeu, e eles vieram. “Nenhum bom trabalho compensa estar longe da terra”. Mas fosse um bom trabalho. Vieram para Portugal, e na maior parte dos olhos lê-se: “em que buraco me meteram”.

A imagem reproduz um cartaz publicitário da Benetton, da autoria de Oliviero Toscani. Travessia do Adriático, em 1992, de um cargueiro pejado de albaneses e outros imigrantes de países de leste. O destino é Itália. Para muitos deles, outro buraco.

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terça-feira, março 20, 2007

Orquídea



Apesar de poderem ser vistos como uma espécie de "erro", os fungos são formas de vida poderosas que conseguem desenvolver-se nos mais assépticos locais (pensem no bolor das geladeiras). E que podem ser nocivos (cogumelos venenosos), suculentos (como os que comi ontem), ou alucinogénios. Na criação artística acredito num fenómeno semelhante - o "erro", como produto de uma actividade cerebral intensa (e divergente) que se reflecte entre o intragável e o esplendoroso, ou o apenas delirante. Leva tempo a encaixotá-lo, porque leva tempo a percebê-lo. Mas perseguir o "erro", como me parece ser o caso deste senhor, é já um gesto que, tendo em conta os riscos implicados, me parece eminentemente louvável.

O Arco e a Orquídea é um projecto de Bernardo Rodrigues para unidade hoteleira no sul da China (que inclui casino e área comercial). Para outras imagens e descrição adequada, espreitar aqui.

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segunda-feira, março 19, 2007

Cogumelos































Apesar da clareza máxima das imagens de Bernd e Hilla Becher, onde se cartografa a "arquitectura anónima" dos grandes parques industriais, há algo de inquietante nestes edifícios sem autor e com uma função precisa. É como se fossem um "erro" de sistema operativo.

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terça-feira, março 13, 2007

Alemanha, Ano Zero



O que mais interessa em The Good German não é o palimpsesto sobre o cinema clássico, a recuperação de técnicas de iluminação e de câmera dos anos 1940 e a sua fisionomia noir plena de citações. Também não é ter Cate Blanchett como femme fatale gelada. O que mais interessa no filme de Soderbergh é o anonimato dos seus intervenientes. Ninguém ali verdadeiramente importa enquanto ser com identidade. E o único que é procurado por todos – um matemático nazi – é-o apenas pela sua utilidade. Mesmo o suposto romance, que teria levado o correspondente de guerra (George Clooney) a uma Berlim mutilada em busca da sua amante, desvanece-se diante da utilidade que domina todos os propósitos e movimentos dos que vivem na cidade. Na Berlim de 1945 não havia ainda espaço para o amor ou para qualquer sentido de lealdade. E quem tenha lido Outono Alemão, de Stig Dagerman, sobre o pós-guerra, ou A Queda de Berlim, de Antony Beevor, sobre os últimos dias do Reich, dificilmente se surpreende com uma das frases-chave do filme: "Em Berlim há sempre uma história pior." Entre as atrocidades e o calculismo mais cínico, não há verdadeiros inocentes em nenhum dos lados e em nenhuma idade (e sob esse ponto de vista, Germania Anno Zero continua insuperável no tratamento da época). Tal como os heroinómanos, quem se move em Berlim, em 1945, pensa apenas no que lhe será mais útil e mais rápido para atingir um fim: na maior parte dos casos, sobreviver.

Hoje em dia, felizmente, é um sítio do caraças.


Potsdamer Platz, 2005, imagem de Pedro Granadeiro

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segunda-feira, março 05, 2007

Melinda e Melinda

Se ao fim da tarde, passeando na rua, nos cruzamos com um indivíduo que arrota, duas mulheres afogueadas a arranjar a roupa, um atleta de fim de semana, acelerando as banhas a ofegar, e ouvimos um pouco do relato do Beira-Mar, saído do rádio a pilhas de um homem que vigia uma garagem, dependendo da perspectiva, podemos considerar tudo isso idílico e divertido ou afundarmo-nos na depressão mais funda.

quinta-feira, março 01, 2007

Pesquisar por datas

Tal como em certos filmes se utiliza o dispositivo das notícias para localizar a acção no tempo (a primeira guerra do Iraque é recorrente), também há dias que se poderão recordar pela simples associação a um determinado evento (onde é que estavas no 11 de Setembro?).
Bem feitas as contas, são muito poucos os dias que verdadeiramente recordamos (pelo menos no sentido de lhes atribuir uma data). Essa invisibilidade da maior parte dos dias, no fio do tempo, depende por um lado da sua própria banalidade, mas também do facto de, por exemplo hoje, uma das notícias dominantes ser o relançamento de Paulo Portas na política, ou ontem, já não me lembro bem, ter sido um reitor qualquer, de uma universidade qualquer, que se desculpava sobre não sei o quê.